A mãe da menina Beatriz Angélica Mota, que tinha 7 anos de idade quando foi encontrada morta em Petrolina, no dia 10 de dezembro de 2015, entrou em greve de fome. Lúcia Mota passou a tarde desta quinta-feira (18) no fórum da cidade para cobrar a expedição de um mandado de busca e apreensão em uma casa onde estaria escondido o técnico de informática Alisson Henrique de Carvalho Cunha, 40 anos, suspeito de apagar as imagens do circuito de interno da escola onde o crime aconteceu.
Os pais de Beatriz receberam uma denúncia anônima na manhã desta quinta-feira (18), indicando o imóvel onde Alisson estaria. Um mandado de prisão preventiva por falso testemunho e fraude processual foi expedido contra ele em dezembro de 2018 e, desde então, seu paradeiro é incerto. Ele aparece em imagens do circuito de segurança do colégio captadas no dia 4 de janeiro de 2016, menos de um mês após o assassinato de Beatriz, entrando na sala onde eram armazenadas todas as filmagens das câmeras instaladas na escola.
Leia também:
Polícia busca homem que cobriu cartazes de procurado do caso Beatriz
Caso Beatriz: canal recebe informações sobre funcionário de escola
Caso Beatriz: canal recebe informações sobre funcionário de escola
Caso Beatriz: polícia faz buscas para prender funcionário da escola
TJPE decreta prisão de funcionário de escola onde Beatriz morreu
Família de menina Beatriz Mota promove novo ato para cobrar Justiça
Caso Beatriz: três anos de muito mistério e impunidade
TJPE decreta prisão de funcionário de escola onde Beatriz morreu
Família de menina Beatriz Mota promove novo ato para cobrar Justiça
Caso Beatriz: três anos de muito mistério e impunidade
As polícias Militar e Civil foram acionadas pela família e cercaram o imóvel, situado na periferia de Petrolina. No entanto, como ninguém atende aos chamados, os policiais não podem entrar sem um mandado de busca e apreensão.
Impaciente com a demora, Lucinha Mota foi até o Fórum de Petrolina e iniciou uma greve de fome. Ela diz que só vai encerrar a manifestação quando o mandado for expedido. “Recebemos uma denúncia anônima e estamos aguardando a expedição desse mandado”, disse Sandro Mota, pai de Beatriz e marido de Lucinha.
Relembre o caso
A menina Beatriz foi assassinada com 42 facadas na escola em que estudava, durante a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano, em Petrolina, no Sertão pernambucano. A irmã da criança era uma das formandas.
A última imagem que a polícia possui da menina foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, na quadra do colégio. A gravação mostra quando Beatriz se afasta da mãe e vai até um bebedouro instalado na parte inferior da quadra. O corpo da garota foi encontrado horas depois atrás de um armário dentro de uma sala de armazenamento de material esportivo.
Nota da Polícia Civil:
A Polícia Civil de Pernambuco entende a emoção e dor dos familiares da menina Beatriz Mota e reitera o compromisso de todas as forças de segurança do Estado para a elucidação do caso.
O inquérito hoje conta com 19 volumes e mais de 4 mil páginas com diligências sobre essa caso que desafia pela sua complexidade a PCPE, corporação que possui hoje uma das melhores taxas de resolução de homicídios do Brasil, que é 6,7 vezes maior que a média nacional.
Foi designada a delegada Polyana Neri para tratar exclusivamente do caso com equipe de policiais e estrutura necessária, além de contar com o apoio do Ministério Público e da Diretoria de Inteligência da PCPE. Ao longo do caso, avanços foram obtidos como a divulgação da imagem do suspeito. Essa imagem foi resultado do trabalho de peritos do Instituto de Criminalística (IC) para que a tornassem o mais clara possível, possibilitando a visualização das características do homem.
Não é possível fornecer mais detalhes sobre a investigação porque o trabalho corre sob segredo de justiça. Apesar dos desafios, a PCPE tem plena confiança que o caso será elucidado, trazendo justiça e paz para os familiares e amigos de Beatriz Mota.
PORTAL OPINIÃO
PORTAL OPINIÃO
Nenhum comentário:
Postar um comentário