Neste tempo de polarização política - ultrapassada, diga-se de passagem -, entre direita x esquerda, quase se ignora que há posições que não se adequam nem a um lado nem ao outro. São as pessoas que defendem o CENTRO (Não confundir com o Centrão), não por ser em cima do muro, mas por defender posições moderadas sem extremismos. Vale ressaltar que os centristas caracterizam-se pela defesa intransigente da democracia, da economia liberal e capitalista, mas que combine com justiça social. Diga-se de passagem, esse é o tipo de governo praticado nos países desenvolvidos, como os europeus, por exemplo.
Primeiro, procuremos saber a origem da expressão DIREITA e ESQUERDA. Na Revolução Francesa, durante a Assembleia Nacional, os radicais que defendiam mudanças no regime absolutista sentavam-se à esquerda da convenção, enquanto que os conservadores se sentavam á direita. Primeiro, usou-se as expressões para definir os conservadores (direita) e os liberais (esquerda). Mas com o passar do tempo e surgimento do socialismo, os mesmos foram considerados de esquerda, deixando á direita todos aqueles que defendem o regime capitalista.
Mas existem também grupos que são contra ideias extremas de direita e ideias extremas de esquerda, indo de encontro ao radicalismo pregado pelos dois grupos. Os centristas dialogam dos dois lados, e ao mesmo tempo, são acusados por cada um dos dois grupos extremistas de pertencer ao outro lado extremo. No Brasil, infelizmente, os partidos de Centro foram tomados em grande parte por políticos mal-intencionados, que fizeram com que a expressão "Centrão" acabasse formando um sentido negativo, como se fosse corrupção ou negociata. Mas quem é centrista de verdade não concorda com essas coisas. E no Brasil, a corrupção não tem ideologia. Ela está na direita, na esquerda e no centro. Combater a corrupção, só com muito investimento em Educação.
E para completar, venhamos e convenhamos: a Guerra Fria acabou em 1990 e a disputa direita x esquerda como naquela época, não existe mais. Hoje, é preciso reconhecer a existência de várias - e não somente duas - vertentes de pensamento político.